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Terça-feira, 13 de Maio de 2025
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Indígenas são expulsos do Ramal da Água Branca em Manaus; comunidade denuncia violência

Decisão judicial determina a remoção de cerca de 40 famílias da etnia Kokama no município de Manaus

Indígenas são expulsos do Ramal da Água Branca em Manaus; comunidade denuncia violência
Foto: Reprodução
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Na manhã desta quarta-feira (223), cerca de 40 famílias da etnia Kokama estão sendo removidas de um lote situado no Ramal Água Branca II, no quilômetro 35 da AM-010, em Manaus. A reintegração de posse foi determinada por uma decisão judicial favorável à empresa Amazonas Empreendimentos Ltda., de propriedade dos empresários Phelippe Daou Júnior e Cláudia Maria Daou Paixão e Silva, donos da Rede Amazônica, afiliada da TV Globo no Amazonas. A ordem judicial, que foi deferida em janeiro de 2023, exige a retirada das famílias em um prazo de 48 horas, causando grande tensão e revolta entre os moradores da comunidade.


De acordo com a cacica da comunidade Elly de Oliveira Cordeiro Kokama, agentes da Polícia Militar (PM) estão acompanhando a remoção das famílias, juntamente com servidores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e advogados dos proprietários da terra. 


Segundo os moradores, a comunidade ocupava a área de forma legítima, respaldada por documentos do INCRA que garantiam o direito à terra. No entanto, a decisão de reintegração de posse, que determinou a remoção, está sendo imposta de maneira agressiva, com a destruição das moradias e plantações locais. Elly relatou que a ação de reintegração está sendo conduzida com extrema violência, o que tem causado grande sofrimento para as famílias envolvidas.

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"Estão derrubando tudo, derrubando tudo, tudo mesmo, e deixaram a gente sem nada. Disseram até que o documento do INCRA não é válido. Agora mandaram a gente sair, a gente ia pro lote 69, que é o nosso, mas estão dizendo que não, que vai ser prisão flagrante, porque estamos invadindo outro lote. E já colocaram a Polícia Federal para bater na gente, se a gente tentar revidar ou entrar na outra parte”, relatou


O caso levanta questões sobre os direitos territoriais das comunidades indígenas e a legitimidade de suas ocupações, especialmente em um contexto onde grandes empreendimentos privados entram em disputa por áreas consideradas estratégicas.  A comunidade Kokama agora se vê na luta para garantir o que consideram seu direito ancestral, enfrentando um futuro incerto diante da pressão de uma disputa territorial que envolve grandes interesses econômicos.

FONTE/CRÉDITOS: Texto: Maria Souza
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