Reconhecido como uma das maiores vozes globais em defesa do meio ambiente e no combate à crise climática, o Papa Francisco faleceu nesta segunda-feira, 21 de abril, aos 88 anos, no Vaticano. Desde o início de seu pontificado, deixou clara sua preocupação com a Amazônia e com os povos que nela vivem, dedicando ações, pronunciamentos e documentos importantes à proteção da floresta e à justiça climática.
No Brasil, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) teve papel ativo em iniciativas ligadas ao Papa Francisco. Em 2021, o superintendente-geral da instituição, Virgilio Viana, foi nomeado para a Pontifícia Academia de Ciências Sociais (PACS), tornando-se o primeiro brasileiro a ocupar esse posto. Como membro da academia, Virgilio passou a integrar um seleto grupo de conselheiros do Papa, levando ao Vaticano a perspectiva amazônica e contribuindo com propostas de conservação ambiental e combate ao aquecimento global.
A cerimônia oficial de nomeação ocorreu em abril de 2022, no Palácio Apostólico, e desde então, a FAS participou de diversos encontros internacionais promovidos pela Igreja. Um dos momentos mais simbólicos foi em maio de 2024, durante o evento “Da Crise Climática à Resiliência Climática”, promovido pela PACS. Na ocasião, Virgilio Viana palestrou sobre Soluções Baseadas na Natureza e Rosa dos Anjos, coordenadora da Agenda Indígena da FAS e representante do povo Mura, entregou ao Papa um presente dos povos originários da Amazônia.
“Recebemos essa notícia com grande impacto, especialmente após um momento de alegria durante a Páscoa no Vaticano. O Papa Francisco sempre demonstrou profunda sabedoria, luz e generosidade. Agora, é hora de revisitar seus ensinamentos e continuar a missão que ele nos propôs: cuidar das pessoas, da justiça social e da natureza, tão maltratada pela ganância. Cada gesto individual pode fazer parte de um movimento coletivo em prol do futuro da humanidade”, afirmou Virgilio Viana.
O legado ambiental do Papa Francisco se consagra especialmente em dois documentos: a encíclica Laudato Si’, que convoca à responsabilidade ecológica global, e a exortação apostólica Querida Amazônia, na qual exalta o papel dos povos indígenas, a importância da floresta e a relevância da região amazônica para o equilíbrio do planeta. Seu pensamento segue como guia para aqueles que acreditam que cuidar da criação é essencial para a sobrevivência comum.
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